O trabalho remoto como solução para a continuidade das operações
Escrito por:
José Seguro
Os últimos meses têm sido diferentes para todos, pelas mais diversas razões. Temos passado por um período que teve tanto de estranho como de inesperado. Ninguém conseguiria prever uma situação destas, até porque felizmente nunca tivemos que passar por nada semelhante ao longo das nossas vidas. Por outro lado, foram muitas as alterações que esta pandemia trouxe aos nossos hábitos, pelo desconhecimento generalizado do que era um acontecimento como este e, sobretudo, pela incerteza que paira.
Um pouco por todo o mundo e, em particular em Portugal, o plano de desconfinamento está já numa fase avançada e a nossa vida vai lentamente aproximando-se daquilo que conhecíamos, voltando algumas das rotinas pessoais e profissionais.
Passados estes meses (e outros que virão eventualmente), é, de facto, uma normalidade que não deixa de se estranhar, mas que se começa a entranhar.
O tão badalado “novo normal” terá certamente mais de novo do que de normal. É inevitável que comparemos o nosso dia-a-dia na fase pós-pandemia com o que acontecia no passado, tamanha é a mudança.
Como em qualquer outro momento, há que retirar as respectivas ilações, aproveitando desde já os muitos ensinamentos que esta época menos boa nos trouxe. Só isto tem permitido e continuará a permitir à Growin e às outras organizações ter uma operação alinhada com as motivações dos colaboradores e com as necessidades dos nossos clientes.
O trabalho remoto como a solução
As circunstâncias em que estamos inseridos fizeram-nos repensar a forma de (vi)ver a vida a todos os níveis. Se na esfera pessoal, a liberdade perdida ou condicionada fez-nos dar mais valor a coisas tidas como banais até então, a nível profissional, destaco a nova vida das organizações, fruto da flexibilidade e agilidade que lhes foi exigida nesta época para garantir a continuidade das operações. Este é o início de uma grande transformação.
A implementação do trabalho remoto, não sendo uma prática que apenas surge neste momento, é algo novo para a muitas empresas e seus colaboradores. Embora já fosse evidente que as empresas estavam a começar a adotar o trabalho remoto de forma gradual, isto veio acelerar e massificar esta adoção e acabou por dar o empurrão que tardava em surgir de uma forma geral. No meio de tudo o que aconteceu ao longo desta jornada, vamos aproveitar este ponto positivo para que faça a diferença já no curto-médio prazo.
O primeiro passo está dado. Sem esta pandemia seriam necessários muitos anos para se atingir o conseguido em poucos dias. Como em tantos outros casos, a necessidade aguçou o engenho.
O trabalho remoto, e tudo o que envolve, continuará todavia a ser um desafio para as organizações. Os primeiros entraves estão ultrapassados e estavam relacionados com a resistência à mudança, típica de todo o ser humano, e também a necessidade da presença física das equipas como garantia do trabalho desenvolvido.
No que à Growin diz respeito, a experiência tem sido francamente positiva, tendo por base o feedback dos nossos clientes e os resultados alcançados pelas equipas.
Melhorias e equilíbrio na procura do modelo ideal
Esta transição foi muito célere, fazendo com que se passasse de um extremo ao outro, no que diz respeito ao trabalho remoto. Apesar de ser um passo soberbo, devemos questioná-lo e identificar quais os pontos passíveis de serem melhorados.
Não podemos nem devemos esquecer a nossa anterior forma de trabalhar, retirando o que de bom havia no nosso passado bem recente. Assim como no passado a presença física de uma pessoa não era a garantia de delivery com qualidade e dentro do planeamento, também o trabalho remoto não significa mais do que a mera ausência física. Na minha opinião, não há cenários ideais. Acredito, acima de tudo, que o equilíbrio é a solução, de acordo com cada organização, estrutura, equipa e inclusivamente cada pessoa de forma individual.
O sucesso de um projeto é garantido pelas pessoas que o compõem, nomeadamente através do seu compromisso e motivação no desempenho das suas funções. É aqui que a presença física pode também ter um papel importante, ajudando a criar e manter relações mais fortes entre os diversos elementos. Isto pode ser determinante para garantir o engagement dos envolvidos no sucesso do que é entregue. Esta parte social do quotidiano profissional faz também ela parte de nós, seja por uma questão cultural ou porque, na verdade, somos humanos e por isso vivemos de relações que podem ser potenciadas se não forem exclusivamente remotas.
A Growin fez uma transição muito célere, graças ao trabalho de casa feito anteriormente, tendo a sua operação totalmente remota em muito pouco tempo. Para isto, contribuiu também a nossa experiência dos últimos anos na constituição de equipas remotas de desenvolvimento para o mercado internacional. Estamos muito felizes pelo que alcançámos, mas continuamos ainda em processo de adaptação e melhoria contínua.
Nesta fase, estamos já a ajudar alguns dos nossos clientes a planear o regresso aos escritórios (quando aplicável), enquanto outros continuam integralmente de forma remota.
Estamos a trabalhar para que as relações com os nossos clientes sejam tão ou mais frutíferas para todas as partes, tendo sempre como base a transparência e o bom senso.
Contem connosco para vos ajudar também neste momento.
Sobre o Autor
José Seguro, Partner & Executive Director

Considero-me um apaixonado pelo que faço. Desafio-me diariamente para melhorar a experiência dos diversos stakeholders com quem interajo, nomeadamente colaboradores e clientes.
A minha carreira tem estado focada maioritariamente em Gestão, não obstante ter iniciado o meu percurso como consultor técnico.
– – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –