A Transformação do Talento em 2021 na área das Tecnologias de Informação

Escrito por:

Cláudia Neves, Talent Acquisition Specialist

Com a pandemia provocada pela COVID-19, como é que adaptamos os nossos objetivos de carreira e conseguimos destacar-nos no mercado de trabalho? Quais são os investimentos que devemos fazer numa década que enfrenta um desafio inédito de escala global?
Essas são as “grandes” questões às quais muitos querem ter resposta. Uns porque pretendem entrar numa área com maior probabilidade de sucesso profissional, outros porque simplesmente querem potencializar as suas competências. No entanto, grandes questões exigem grandes reflexões: sobre o caminho que se pretende tomar, o quanto se quer arriscar, garantir e mudar. Estas decisões e pensamentos terão, inevitavelmente, de ter em conta o ano atípico de 2020 e o que se espera que 2021 seja: um ano de transformação.

Em outubro de 2020, o report sobre o estudo levado a cabo durante os meses de pico da COVID-19, o Employer Branding NOW 2020 da Universum, debruçou-se sobre várias temáticas, tais como quais serão as profissões e top skills a investir nos próximos 5 anos, ou seja, nos anos pandémicos e pós pandémicos.

Contudo, para analisar a evolução das carreiras e o que será valorizado pelas empresas, tem de se ter em consideração os efeitos – diretos e indiretos – ambientais, económicos, tecnológicos, a nível de saúde, entre outros. A realidade molda-se sempre ao contexto que a rodeia, às vantagens e às adversidades, e é nessa linha que esta análise se situa.

Quero ser bem-sucedido(a). Em que áreas devo apostar nos próximos anos?

A pandemia veio transformar necessidades importantes de responder em cruciais. A urgência em manter as pessoas ligadas, funcionais e próximas – sem haver um contacto físico – e, por sua vez, o dinamismo da economia explica, em parte, o boom da área tecnológica.

Prevê-se que até 2025 surjam cerca de 97 milhões de novas funções associadas com a tecnologia e algoritmia como Data Science, AI (Artificial Intelligence), Machine Learning, Robótica, Desenvolvimento de Software, IoT (Internet of Things) e Cibersegurança. A necessidade surge da rapidez e riscos que, agora em força, são exigidos online.

Simultaneamente, setores da atualidade como o ambiente, saúde e indústria emergem com o objetivo de se transformarem em economias mais verdes, revolucionando formas de produção e criação de novos serviços. Isto leva a uma maior procura de engenheiros de materiais, especialistas da área de social media na vertente do consumidor, geneticistas e engenheiros de energias renováveis.

No reverso da moeda, papéis ligados a funções estandardizadas, manuais, burocráticas e de baixa criatividade (ex: administrativos, vendedores, mecânicos e trabalhadores fabris) surgem nos últimos lugares da tabela.

O que nos espera ao trabalharmos numa das áreas com maior tendência de crescimento?

Nos últimos 5 anos, 72% dos novos profissionais que entraram no mercado de análise de dados e AI não provinham de formação ligada às Tecnologias de Informação ou Engenharia. Isto mostra que estas áreas são reconhecidas como o futuro e são, por isso, cativantes.

A revolução tecnológica é algo evidente e é expectável que evolua nos próximos anos. Aliado a estas áreas, e para o sucesso da interação humana, um dos passos cruciais a dar para que haja fluidez na nova economia é a adaptação a equipas multidisciplinares (com diferentes formações de base).

Porém, há desafios que surgem durante uma mudança de percurso profissional, mesmo que desejados e planeados.

Apenas 50% das pessoas que quiseram mudar de carreira a full-time (que vinham de áreas com menos saída profissional ou com menor ligação formativa com estas áreas) é que conseguiram transitar para áreas como Dados, AI, Cloud Computing e People and Culture; ao contrário dos 75% e 67% que transitaram para funções nas áreas de Vendas e Engenharia, respetivamente.

Aparentemente, há um desafio maior na mudança para áreas que têm uma menor ligação com a área formativa ou experiência das pessoas.

Todos temos algo a melhorar na nossa forma de ser. Em que skills devemos investir?

A formação e a aprendizagem contínua (upskilling) é crucial em situações imprevistas e de grande impacto, como o contexto atual que vivemos. Por esse motivo, a melhoria das hard skills, soft skills ou até de processos de reconversão de carreira (reskilling) é um dos pontos mais valorizados pelos profissionais, atualmente, numa empresa.

Respondendo a esta procura e necessidade, há uma clara tendência das empresas investirem mais na formação. Hoje em dia, o nível de acesso dos colaboradores nas empresas ao reskilling e upskilling é de 62% e espera-se que até 2025 aumente em 11%.

Pela evidente necessidade das pessoas se transformarem e tornarem resilientes, muitas das competências mais valorizadas têm sido aquelas com maior foco naquilo que torna cada pessoa única e flexível.

Além do pensamento inovador/analítico e resolução de problemas que se têm mantido no top das mais solicitadas, junta-se, em 2021, a aprendizagem ativa, pensamento crítico, criatividade, liderança, competências tecnológicas, resiliência, tolerância ao stress e a própria flexibilidade.

Há algo que devemos destacar do ano de 2020 sobre esta temática, que surge da análise do uso da plataforma de e-learning Coursera. Concluiu-se que, após os primeiros meses da pandemia da COVID-19, o foco da formação começou a divergir em dois caminhos: formações técnicas no âmbito das Tecnologias de Informação (sobretudo em pessoas desempregadas) e formações de caráter de desenvolvimento pessoal (maioritariamente em pessoas empregadas), como mindfulness, meditação e gratidão.

Este último ponto é de facto interessante, pois há um aparente crescimento da preocupação e tempo investido na vertente das soft skills e de desenvolvimento pessoal quando as necessidades profissionais estão estáveis.

Estes dados mostram não só que as pessoas estão sensíveis a este tema como reconhecem a importância destas skills para o bem-estar pessoal e produtividade.

Já sobre o reskilling, o tema é também primordial quando se prevê que cerca de 40% dos profissionais atuais dentro de 6 meses ou menos tenham de passar por este processo, nomeadamente em indústrias como as do Consumo e da Saúde.

Para tal ser possível, a tendência, em momento de pandemia, tem sido o recurso a plataformas de formação online (como a Coursera). Neste caso, a procura por cursos online quadruplicou e registou-se o quíntuplo de acessos dados pelas empresas aos colaboradores de forma a tirarem esses cursos.

Já o investimento que terá de ser feito na formação é distinto consoante a carreira a querer seguir.

Enquanto o tempo de conversão para se adquirir as principais competências para profissões ligadas a RH, Vendas ou Marketing situa-se entre 1-2 meses; para ir para Cloud ou Engenharia, o tempo aumenta para 4-5 meses.

Pela tecnicidade e especificidade da função, a formação tem de ser mais longa e intensa, havendo a necessidade de abertura das empresas para esse reskilling, aumentando mais o tempo de formação – caso o profissional venha de uma área menos similar.

Como responder às exigências emergentes? Principais conclusões a reter.

Após esta revisão, chegamos a várias conclusões. Algumas já previstas e outras que são novas. Importa salientar as principais, que em muito vão moldar o mercado de trabalho nos próximos anos.

  • O setor tecnológico vai continuar a crescer, nomeadamente as áreas como Data Science, AI, Machine Learning, Robótica, Desenvolvimento de Software, IoT e Cibersegurança.
  • O grau de similaridade entre a área profissional/formação e aquela em que se pretende entrar, vai determinar o grau de facilidade de mudança para uma outra função, sendo que mais similar facilitará a mudança. Quanto menor for este grau de similaridade, mais obstáculos serão encontrados e uma maior resiliência será necessária.
  • Áreas mais técnicas, como Data e AI, poderão ser mais difíceis de transitar – apesar de nos próximos anos serem das mais procuradas pelo mercado e por novos profissionais. Esta dificuldade advém, muito provavelmente, pelos conhecimentos específicos e skill tool que são valorizados dentro destas áreas (ex: raciocínio abstrato, lógica). Vai fazer a diferença: refletir sobre o que estes profissionais fazem na prática, apostar na formação específica na área que se ambiciona e desenvolver soft skills como espírito de equipa, raciocínio e planeamento.
  • As skills mais procuradas em 2021 e nos próximos anos assentam na inovação, criatividade, análise e resiliência. Estas serão as bases para qualquer profissional que queira ser bem sucedido e/ou que pretenda mudar de área. Tal apoia a necessidade de ser diferente, de se saber destacar da multidão e de trazer valor dentro de uma equipa e uma empresa, ao invés de seguir o caminho já traçado e ser apenas “operacional”.
  • A formação é cada vez mais importante para qualquer profissional. O investimento na formação tem crescido e vai manter-se nesta trajetória tanto do lado dos profissionais, como das empresas.
    A disponibilização de formação à medida de cada colaborador é uma das melhores formas de reconhecer valor e apostar na carreira de um profissional. Contudo, a mesma deverá ser contínua, apoiando não só uma vertente de upskills personalizada aos interesses de cada um, mas também de reskilling de profissionais que pretendem mudar de área. Também o investimento numa formação abrangente nas abordagens, como interna, externa, métodos mais formais e informais, é relevante para que possa chegar a todos e à forma que mais se adequa a cada pessoa. Os temas disponíveis também devem ser diversificados de maneira a atender aquilo que a pessoa sente mais necessidade de investir, seja com caráter mais de desenvolvimento pessoal ou técnico.

Resumindo…

Todos estes temas devem ser atendidos pelas empresas e pelos profissionais que pretendem investir numa mudança de carreira ou que querem simplesmente dar o próximo passo, tornando-se melhores profissionais em 2021.

Empresas tecnológicas como a Growin têm um desafio em mãos que se prevê manter em atrair, reter e motivar profissionais do ramo tecnológico.

Entre diversos pontos, a chave poderá estar na aposta das pessoas que fazem parte da empresa, no potencial e nas competências que os colaboradores já têm neste momento, mas que podem vir a desenvolver com a empresa, por meio de formação e acompanhamento.

Assim, a formação contínua acompanha as tendências e adapta-se às motivações daquilo que a pessoa quer fazer agora e no futuro. Neste sentido, uma consultora de TI como a Growin – que aposta no desenvolvimento profissional e pessoal dos seus Growinners* – pode fazer a diferença ao disponibilizar as ferramentas essenciais para que os seus colaboradores possam adaptar-se aos novos tempos que se avizinham.

*nome dado às pessoas que fazem parte da empresa

Sobre o Autor

Cláudia Neves, Talent Acquisition Specialist

Sou enérgica, apaixonada por pessoas e felicidade organizacional. Fui para Psicologia, mas rapidamente abracei os Recursos Humanos. Atuando nos últimos anos em TI, o Recrutamento tem sido um dos meus focos, aliado a temas como carreira, coaching e melhoria do potencial individual. Acredito fortemente que todos podem mudar, e que a força de vontade e imaginação são o limite.

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Outsourcing: imperativo de poupança ou inovação?

Escrito por:

João Santos, Executive Director

O ano de 2020 trouxe-nos uma nova realidade empresarial, em que a capacidade de adaptação passou a ser o fator decisivo para a sobrevivência. Nos tempos exigentes que vivemos e que se seguirão, todos quererão respostas ainda mais imediatas – com a qualidade de sempre -, sendo que será crucial para as empresas terem parceiros com capacidade real de responder a todas as suas necessidades, de forma ágil e rápida.

Com o imperativo de crescimento da sua empresa –  e a necessidade de entregar mais e melhores projetos -, o Outsourcing é o modo certo de promover a inovação e de tornar possível o acesso a um novo conjunto de competências que irá cimentar a posição da sua organização no mercado.

Normalmente, quando pensamos em Outsourcing, associamos de imediato à otimização de custos. Mas o Outsourcing é muito mais do que apenas redução de despesa. É importante pensar no valor acrescentado que um especialista pode trazer à sua empresa, oferecendo uma oportunidade de inovar, crescer e superar a concorrência.

Prever, otimizar e minimizar perdas serão argumentos cada vez mais essenciais para a definição de uma relação estável e empática entre “parceiros”. A nossa dependência de tecnologia e processos digitais tornou-se ainda mais evidente na forma como gerimos o nosso negócio e as nossas pessoas.

A subcontratação – outsourcing – em determinadas funções e/ou atividades chave – como é o caso da área das Tecnologias de Informação (TI) – permite que centralize os seus recursos internos nas atividades que tornam o seu modelo de negócio mais lucrativo sem perder qualidade. Por vezes, existem alguns projetos, ou até mesmo departamentos, com necessidades periódicas de especialistas tecnológicos – como por exemplo, engenheiros de software, consultores de desenvolvimento, analistas funcionais e gestores de projeto – e o outsourcing cumpre na perfeição esse papel, garantindo ainda a estabilidade e flexibilidade da sua empresa, sem o peso que o aumento do headcount significaria.

«Prever, otimizar e minimizar perdas serão argumentos cada vez mais essenciais para a definição de uma relação estável e empática entre “parceiros”.»

Num passado recente, o Outsourcing de IT era quase exclusivo para áreas de desenvolvimento de software e/ou áreas que não impactavam o core business das empresas. No entanto, nos dias de hoje, a capacidade transversal que o outsourcing traz aos seus clientes é uma realidade que veio para ficar e que tem uma tendência natural para aumentar – não apenas na forma de pessoas especializadas, mas também de serviços. Naturalmente que esta promoção de soluções ágeis, eficientes e adequadas ao cliente dependem sempre de algumas métricas que irão garantir maior eficiência no desenvolvimento dos projetos.

Hoje mais do que nunca, os serviços de Outsourcing de TI são o modo certo de promover a inovação e, à medida que as que as empresas de Tecnologias de Informação se tornam mais estratégicas, começamos a assistir a um impacto muito positivo e de enorme acréscimo de valor através da transformação digital, da automação e do tratamento de dados. Através de um suporte tecnológico e estratégico, os benefícios que as empresas de Outsourcing de IT trazem ao seu negócio são valiosos e imprescindíveis para o seu sucesso.

A nossa equipa conhece os desafios técnicos de cada projeto de IT e está preparada para o apoiar na criação de valor. Temos como missão, não só o recrutamento e gestão de carreira de todos os nossos colaboradores, mas também o desenvolvimento de projetos através de pessoas especializadas em design, desenvolvimento, gestão e suporte de sistemas de software.

Sobre o Autor

João Santos, Executive Director

Sou uma pessoa obstinada, intensa e focada na minha realização profissional, suportada e complementada por um aproveitamento, ao máximo, de todo o tempo livre para estar com família e amigos e desfrutar dos prazeres da vida.

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Como criar um currículo imbatível na área das Tecnologias de Informação

Escrito por:

Ricardo Veiga

Olá, Growinners* e futuros Growinners.

Como o título deste artigo indica, hoje estou aqui para dar pistas sobre uma peça fundamental da nossa vida profissional: o currículo.

Tenho a certeza de que já todos pensámos: “Tenho de atualizar o meu CV outra vez… que chatice!”.

Se pensares bem sobre o assunto, o currículo é o espelho da tua experiência. É neste documento que vais contar todas as metas que já alcançaste e o conhecimento que já adquiriste. Regra geral, é no CV que concentras os pontos mais importantes da tua vida profissional.

Assim, é tua obrigação – para contigo próprio(a) – dares o teu melhor quando estás a trabalhar neste documento.

A melhor parte deste artigo? Estou aqui precisamente para te ajudar nesta missão. Para te contextualizar um pouco, o meu nome é Ricardo Veiga e sou Talent Acquisition Specialist na Growin.

O que me motiva no meu trabalho é poder ajudar profissionais de Tecnologias de Informação – como tu – a darem o próximo passo na carreira, encontrando um projeto que vá ao encontro das tuas expetativas e motivações.

Ao longo da minha carreira, já fiz centenas de entrevistas e ajudei de profissionais de TI como tu a começar ou recomeçar as suas carreiras na Growin.

A primeira coisa que um Recrutador ou profissional de Recursos Humanos vai ver sobre ti é o teu CV. Assim sendo, vamos lá causar uma primeira boa impressão!

Antes de começar a escrever o CV

Antes de mergulharmos na informação prática sobre a estrutura e o conteúdo que o teu CV deve ter, vamos definir coisas importantes. Para isso, deves questionar-te sobre o seguinte:

1: Quero candidatar-me a uma empresa ou organização em específico ou quero fazer um CV genérico que pode ser aplicado a múltiplas situações?

Esta é uma questão muito importante, visto que é aqui que vais identificar quem vai ser o teu público-alvo. E, desta maneira, qual a melhor forma de comunicar com o mesmo.

2: Se é para uma empresa/organização em específico, como posso acrescentar valor à minha candidatura?

Por exemplo, se te estás a candidatar a uma empresa/organização em específico, procura e explora o seu website ou o perfil de alguns colaboradores no LinkedIn.

Verifica quais as frameworks e tecnologias com que trabalham e qual o perfil mais comum dos seus colaboradores. Destaca essa informação quando estiveres a construir o teu currículo – mas apenas se tiveres experiência com a framework/tecnologia em questão.

Imagina um cenário em que te estás a candidatar para uma posição de Backend Software Developer. A empresa pede que tenhas conhecimentos em Java e Spring. Se este é um know-how que tens, coloca logo nas primeiras linhas do teu CV algo deste género:

“Nos últimos 5 anos, tenho usado Java e Spring para construir e manter o backend de múltiplos produtos de empresas.”.

É prático, direto, inteligente e passa a mensagem de que sabes perfeitamente aquilo de que a empresa a que te estás a candidatar precisa. E, acima de tudo, que tens o que é preciso para conquistar a vaga.

As dicas que te vou dar mais abaixo também se podem aplicar a esta situação. Quanto mais personalizado o teu CV for à empresa/organização à qual te queres candidatar, melhor.

Se a tua abordagem ao mercado for mais genérica e te quiseres candidatar a várias empresas, segue as pistas que te deixo neste artigo. A empresa pode fazer-te mais perguntas depois de verem o teu CV, mas este já será um bom ponto de partida.

Escrever e construir o CV em TI

Qual é a estrutura ideal para o teu curriculum vitae?

Para te ajudar a construir um bom currículo, resumi o top 6 de informações que deves incluir no teu CV. Esta é uma possível maneira de estruturares o teu currículo:

1. Inclui Nome, Contactos, Local onde te encontras no momento e localizações de preferência para trabalhar.

2. Adiciona uma descrição (título da função) que achas que define quem és profissionalmente e quem queres ser (ex: Java Backend Developer ou Software Tester).

3. Quantifica a tua experiência profissional. Apesar de a formação ser algo importante, vamos focar-nos naquela que é a tua experiência prática.

4. Faz um pequeno resumo da tua experiência e principal motivação para projetos futuros. Destaca as tuas principais conquistas, áreas de negócio e tecnologias com as quais tens trabalhado. Adicionalmente, descreve o tipo de projetos de TI que procuras.

5. Descreve a tua experiência. Esta é a parte principal do teu currículo. Podes usar inúmeras variáveis. Por exemplo: tipo de projetos em que estás a trabalhar, incluindo uma descrição das tuas tarefas e tecnologias principais.

6. Inclui a Formação Académica e certificados.

Que conteúdo deves incluir no teu CV?

Em relação a cada um dos pontos que definimos anteriormente, aconselho-te a incluíres o seguinte na estrutura do teu CV.

Dica #1
Para começar, é mesmo necessário dares a tua informação pessoal. Nome, Localização e Contactos (email e telefone) são dados que devem estar no topo do teu CV. Afinal de contas, sem estas informações como é podes ser contactado(a)?

Dicas #2, #3 e #4
Este é o momento em que vais mostrar de uma forma muito simples e concreta a tua experiência profissional. Começa com uma descrição geral da função que ocupas atualmente (ex: Java Backend Developer) e depois de escreveres 6/7 linhas sobre a tua carreira, conta ao leitor o que já conquistaste e o que gostarias ainda de alcançar profissionalmente.

A tua formação académica também pode ser identificada. Depois disso, quantifica a tua experiência prática para dar ao Recrutador/Colaborador de RH uma ideia geral de há quanto tempo já estás no mercado das TI.

Aqui podes ainda considerar toda a tua experiência laboral em empregos de TI (projetos enquanto freelancer em clientes também contam). Por exemplo, se tiveres participado num concurso para desenvolver uma aplicação que depois foi utilizada, põe isso no papel.

Dica #5
Este o ex-líbris do teu currículo. Começa por identificar todas as empresas para as quais já trabalhaste.

Se já fizeste inúmeros projetos freelance, podes colocá-los nesta secção ou criar uma nova secção depois só para esse tipo de projetos. Escolhe sempre aqueles que consideras serem mais importantes para a tua carreira.

Depois de identificares a empresa, a data de início e fim, e o cargo que lá ocupaste, podem fazer-te as seguintes questões:

“Em que tarefas investiste mais tempo?” ou “Quais são as ações que impactaram mais o projeto enquanto estavas a desempenhar esta função?”

As respostas a estas questões vão ser as informações que vais colocar depois da identificação da empresa.

Deves ainda destacar as principais tarefas que executaste e as tuas conquistas mais importantes. Por exemplo:

“O objetivo do projeto era desenvolver o Frontend da nova aplicação web de um banco. Estive numa equipa com 5 developers (2 de Frontend), com um programador júnior sob a minha responsabilidade.

Nos primeiros 5 meses do projeto, fiz programação principalmente com HTML, CSS, Vanilla JavaScript, Bootstrap e Angular5. As minhas principais tarefas eram desenvolver as interfaces visuais de uma aplicação que construímos do zero e dar apoio ao programador júnior.

Usámos Scrum para as nossas reuniões diárias, tínhamos sprints de 15 dias e cumpríamos com todas as outras entregas. Acabámos o projeto antes do tempo previsto e depois disso fizemos um trabalho de manutenção da aplicação nos 3 meses seguintes em que lá estive”.

Este é um exemplo muito simples de informação que um IT Recruiter espera encontrar no teu CV: simples, concreto e fácil de acompanhar. Na entrevista, todos os detalhes e informações adicionais podem ser dadas!

Dica #6
Aqui deves identificar todo o teu histórico de formação académica relevante. Fica aqui um exemplo de como podes apresentar a informação:

Universidade de Coimbra | Escola de Engenharia | Licenciatura em Ciência Computacional | 2008-2011. (nota final do curso opcional).
ou
Academia de Código | Formação de Java | 2019

Por último, mas não menos importante…

Obrigado por chegares até ao final deste artigo. 😊

Significa que estás empenhado(a) em tornar a tua procura de trabalho mais eficaz e, acima de tudo, as tuas probabilidades de encontrares o emprego de TI que queres.

Este artigo não é perfeito nem consensual. É um contributo para ajudar todos aqueles que desejam ter um CV mais competitivo, distinguindo-se de outros candidatos. E que querem aumentar as suas hipóteses de conseguir entrevistas.

Agora é o momento para te pedir algo… feedback. Há outras informações que consideras serem importantes para o teu currículo? Partilha connosco. Leste este artigo, puseste em prática os conselhos e conseguiste uma entrevista? Excelente! Queremos saber tudo.

Falamos em breve? Desejamos-te o melhor. Mantém-te em segurança!

*Growinners é o nome que damos aos colaboradores da Growin.

Sobre o Autor

Ricardo Veiga, Talent Acquisition Specialist

Tenho 27 anos, sou natural de Lavra mas agora resido na Maia, Porto. Invicta está no meu coração. Estudante para a vida, tenho sede de conhecimento, e esse é meu grande “drive”! Política, Filosofia, Europa de Leste e The Doors são algumas das coisas presentes na minha vida.

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Como recrutar o melhor talento de TI em 3 passos

Escrito por:

Joana Ochôa

Fazer um recrutamento eficaz é o objetivo de qualquer empresa – seja na área das Tecnologias de Informação (TI) ou noutra. Afinal de contas, este é o maior investimento que uma empresa pode fazer, e é apenas com as pessoas certas que o negócio cresce.

É por isso que, com o avançar do tempo, o recrutamento passou a ser também uma prioridade para o negócio. Contudo, a forma de recrutar talento tem evoluído para acompanhar os novos hábitos de procura de emprego.

Atualmente, o poder de decisão está do lado do candidato, que tem acesso a informação detalhada sobre a oferta e a empresa. Por essa razão, recruiters e decisores de negócio tiveram que se adaptar e começar a recorrer àquilo a que se chama Inbound Recruiting. Este conceito consiste em atrair candidatos com conteúdos de valor, estabelecer uma ligação com eles e, desta maneira, conquistá-los.

Num ano desafiante como o de 2020, nunca foi tão importante apostar numa estratégia de recrutamento que garanta bons resultados.

Neste artigo, vamos partilhar 3 passos para recrutar o melhor talento de TI que a Growin cumpre no seu processo de recrutamento – e que podem ser adaptados a outras áreas de atividade.

1.º passo: Partilhar recursos úteis e relevantes para o candidato

Este primeiro passo está 100% alinhado com aquela que é a primeira fase da metodologia de Inbound Recruiting. É neste momento que começamos a criar uma relação com quem nos acompanha.

Para um candidato decidir se quer ou não trabalhar em determinada empresa, primeiro precisa de a conhecer. Estima-se que, hoje, cerca de ⅔ do ciclo de candidatura seja digital. Nesta fase, incluem-se as pesquisas e a recolha do máximo de informação possível sobre a oportunidade ou a entidade empregadora.

Assim sendo, empresas como a Growin devem preocupar-se em garantir que disponibilizam todos os dados necessários para que possíveis candidatos conheçam a empresa e saibam mais sobre como é trabalhar naquele sítio – e com aquelas pessoas.

De que forma pode então uma empresa fazer esta partilha e promoção de conteúdo de valor? Simples. Desde escrever artigos técnicos e sobre o negócio num Blog, estar presente em redes sociais (LinkedIn, Facebook, Instagram, Twitter), até ter um perfil em plataformas como o Glassdoor. Tudo isto são formas simples de mostrar do que é feita a cultura de uma empresa.

As redes sociais, por exemplo, são uma excelente forma de dar visibilidade a iniciativas internas, tais como: eventos de team building, sessões de partilha de conhecimento (por exemplo, a Growin promove GrowinX Talks mensais – agora em versão online).

Além disso, é crucial ter no website corporativo uma Página de Carreiras estruturada, onde estejam espelhados os benefícios de se trabalhar na empresa, respostas a perguntas frequentes (FAQs), uma breve descrição do processo de recrutamento e a apresentação das oportunidades de emprego em aberto.

2.º passo: Acompanhar as tendências do mercado

Um bom serviço mede-se na resposta às necessidades – tecnológicas, ou de talento – do mercado.

Para tal, é vital ter uma equipa de Recrutamento perfeitamente alinhada com a equipa de Account & Talent Management.
Na Growin, os nossos recruiters mantém-se ativos e ligados a potenciais candidatos e continuam a entrevistá-los (ainda em segurança, através de plataformas online).

Quais os ingredientes que não podem faltar num bom currículo?
Vê aqui 5 dicas essenciais para criares um CV.

Já os nossos Business Managers permanecem atentos a todas as oportunidades que possam surgir no mercado – sejam elas nacionais ou internacionais – para dar uma resposta rápida e adequada às necessidades dos nossos clientes.

Para entregarmos aos clientes um serviço de TI de qualidade, é crucial garantirmos a excelência técnica dos nossos software developers.

Assim, nos últimos 5 anos, a Growin tem construído uma reputação incontestável ao proporcionar aos nossos colaboradores uma formação contínua, 100% adaptada aos objetivos de cada um e às necessidades do mercado.

Como? Estabelecendo parcerias com universidades (por exemplo: Brunel University) e apostando na criação de academias como a Scala Academy.

3.º passo: Implementar um processo integrado de recrutamento

Ter um processo de recrutamento integrado significa ter todas as equipas em sintonia: desde o IT Recruitment (1.º ponto de contacto), aos Recursos Humanos e Account Management e, inclusive, ao Marketing.

Na Growin, o processo de recrutamento é focado naqueles que são os objetivos e expetativas profissionais e pessoais do candidato. Aqui, o candidato é visto como um todo.

Como ser bem sucedido(a) numa entrevista de emprego?
Vê aqui 5 dicas para seres um expert em entrevistas online.

Em primeiro lugar, o candidato tem uma entrevista com o IT Recruiter e com o Business Manager. Num segundo momento, as suas capacidades técnicas são postas à prova e um Technical Manager avalia as suas competências. Se, após esta validação técnica (e humana), houver um “perfect fit” entre empresa e colaborador, dá-se início ao processo de onboarding na empresa.

No entanto, a conquista não fica por aqui. O colaborador não é um dado adquirido para a empresa. Temos de continuar a investir nele e a fazê-lo sentir-se parte de algo único. Porquê? Porque é assim que a empresa cresce e ganha os chamados “embaixadores da marca”.

São eles que nos ajudam a criar valor para os seus pares e, consequentemente, a fazer crescer toda a equipa. E são eles que nos ajudam a atrair mais talento de TI que se identifique com aquela que é a cultura da empresa.

Na Growin proporcionamos uma cultura de equilíbrio entre vida pessoal e profissional e apostamos na formação contínua daquele que é o nosso maior e melhor ativo: os nossos colaboradores.

Acreditamos que são as pessoas felizes e talentosas que conseguem mudar o mundo: uma linha de código de cada vez. É por isso que todos os dias acordamos com um único propósito em mente: “We Develop People Who Develop Technology”.

Resumindo…

Um recrutamento eficaz passa por três fases que se completam:

1 – criar e promover conteúdo útil e informativo para os candidatos;
2 – acompanhar as tendências de mercado de forma a poder responder rapidamente às necessidades (internas e externas);
3 – manter uma relação próxima com os colaboradores da empresa, para que eles próprios sejam embaixadores da marca e ajudem na atração de novo talento.

Para que este pequeno ciclo funcione, é essencial que exista uma comunicação transparente entre todas as equipas envolvidas.

Se está à procura da equipa de TI certa para o seu projeto, pode falar connosco. Estamos sempre preparados para aceitar novos desafios.

Sobre o Autor

Joana Ochôa, Content Coordinator

Sou uma jovem trabalhadora e incapaz de estar quieta, que adora pandas e que não resiste a um pedaço de chocolate. Os meus maiores sonhos são: ser mãe (um dia), percorrer o mundo, escrever e publicar livros e deixar a minha marca no mundo.

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7 passos para acelerar o processo de onboarding

Escrito por:

Ricardo Santos

Os projetos de software são muito mais voláteis hoje em dia, do que eram antes. Os requisitos estão sempre a ser alterados, a tecnologia está em constante evolução e a rotatividade nas equipas está a aumentar. É cada vez mais comum ter pessoas a entrar e a sair de um projeto, por inúmeras razões. Algumas podem-se evitar. Outras nem por isso.

Independentemente dos motivos da rotatividade elevada nas equipas de projeto, é importante definir estratégias para garantir que estas mudanças têm o menor impacto possível no sucesso do projeto.

Em relação a este assunto, as empresas e respetivas equipas de desenvolvimento de software têm muito a aprender com a comunidade de open-source.

Um dos principais desafios que os projetos de open-source enfrentam é garantir que a barreira colocada à entrada de novos responsáveis é pequena ou inexistente. As pessoas devem ser capazes de, com o mínimo de esforço possível, entender o projeto, os caminhos a seguir e como contribuir para o mesmo, tornando-se num elemento útil o mais fácil e rapidamente possível.

Com esse desafio em mente, existem algumas práticas comuns entre projetos de open-source bem-sucedidos, que podem ser aplicadas durante o processo de integração de novos membros na equipa.

1. Planeamento do projeto

Porque é necessário um planeamento de implementação do projeto?

O planeamento do projeto é uma parte importante do repositório do mesmo. Juntamente com a descrição do projeto, este planeamento ajuda os novos membros da equipa a ter uma ideia rápida dos objetivos a cumprir.

O que deve estar incluído num planeamento de projeto?

Neste documento, podemos adicionar uma lista de recursos do que “fazer”, “não fazer” e do que eventualmente se “pode fazer”, incluindo ainda os motivos por trás de cada decisão.

Desta forma, não será necessário repetir sempre a mesma conversa cada vez que a equipa recebe um novo membro.

Se estás a começar a planear o teu projeto, podes encontrar um modelo de planeamento de projeto aqui, que te pode ser útil.

2. Configuração simplificada

Configurar um ambiente de desenvolvimento complexo pode ser dispendioso. Todo o tempo aqui investido, é tempo que o programador não está a usar para acrescentar valor ao próprio projeto. Este custo é ainda maior quando outro membro da equipa precisa de intervir e ajudar o novo programador com a tarefa em questão.

Quanto tempo deve a configuração demorar?

Não é suposto a configuração do ambiente de desenvolvimento demorar dias ou semanas; deve apenas demorar algumas horas – ou minutos.

O processo deve ser o mais planeado e automatizado possível. Os novos membros da equipa devem ser capazes de configurar os seus ambientes de desenvolvimento apenas com a documentação de apoio. Se eles precisarem de ajuda, porque esta documentação está desatualizada ou não é clara o suficiente, isto significa que o novo membro da equipa acabou de ganhar uma oportunidade para fazer o seu primeiro contributo para o projeto, atualizando a documentação e os scripts de configuração.

3. Convenções de código

Um bom código deve ser previsível e de fácil leitura. As convenções são extremamente importantes. A equipa deve acordar as convenções de código a serem utilizadas, e garantir que estas são aplicadas de uma forma automática. Se as convenções de formatação e nomenclatura forem consistentes, a base de código será mais fácil de ler e entender, o que significa que as novas contribuições serão mais fáceis de fazer e rever.

Linters (alguns exemplos no GitHub aqui) e ferramentas de análise de código estático (top 10 do G2 aqui) são cruciais para ajudar o projeto a continuar no caminho certo, relativamente às convenções de programação e práticas recomendadas.

4. Testes automatizados

Os testes devem ser automatizados e integrados no processo de CI / CD. Deve ser relativamente fácil escrever um novo teste.

Os testes têm um papel muito importante na ajuda e integração dos novos membros da equipa. Conseguem não só dar uma sensação de segurança ao alterar ou adicionar código, como podem também ser essenciais para compreender a estrutura de base do código.

Testes relevantes e de escrita fácil são bons para todos os membros da equipa. No entanto, os testes podem ser ainda mais relevantes na orientação e integração de um novo membro da equipa ao adicionar código ao projeto ou a corrigir problemas existentes.

5. Utilização de templates

A forma como os problemas são apresentados e geridos é muito importante para reduzir barreiras à entrada de novos membros da equipa.

Os problemas devem ser apresentados de uma forma clara, e com todas as informações necessárias. É por isso que os templates são úteis. Assim, todos os membros da equipa sabem que informações precisam de ser dadas e onde podem encontrar a informação relevante para resolver o problema ou adicionar uma funcionalidade ao sistema.

Na exposição dos problemas, deve ser dada informação útil como a descrição do comportamento esperado e atual, e os passos a serem dados para reproduzir esse mesmo comportamento.

6. Tarefas discutidas publicamente

As discussões sobre as tarefas de um projeto de TI (Tecnologias de Informação) devem estar disponíveis para toda a equipa, e o seu histórico deve ser guardado. Isto ajuda a equipa a manter-se em sintonia, e dá ao novo membro da equipa um contexto valioso para conseguir resolver um bug ou compreender o porquê da decisão de um design ou implementação.

Os sistemas de gestão de tarefas podem ajudar bastante neste aspeto, visto que, por norma, estes permitem que a equipa adicione comentários e informações extra que ajudam a criar uma timeline e documentação relevante para cada tarefa.

7. Utilização de etiquetas “Good-First-Issue”

Sempre que possível, deve-se rotular problemas simples de resolver com a etiqueta “Good-First-Issue”. Esta é uma informação que pode ser valiosa para a integração de novos membros na equipa. Estes problemas vão ajudar um novo membro a familiarizar-se com o projeto enquanto, em simultâneo, acrescenta valor ao mesmo.

Principais conclusões

Colocando em prática cada um destes 7 passos, há uma maior probabilidade de acelerar o processo de onboarding de novos membros na equipa.

Na Growin, já experienciamos melhorias incríveis e conseguimos aumentar significativamente a nossa produtividade. A integração de novos membros tende a fluir melhor em projetos onde estas ideias são tidas em consideração e guiam o processo de tomada de decisões. Os novos programadores começam a acrescentar valor ao projeto mais rapidamente e com um impacto maior – não só na eficiência do funcionamento da equipa, como também na motivação de todos os envolvidos, visto que minimizam o tempo investido em tarefas menos relevantes para atingir o objetivo final.

Ao reduzir as barreiras à entrada de novos membros e manter as coisas simples, previsíveis e bem definidas, os novos programadores da equipa podem focar-se naquilo que realmente gostam de fazer: desenvolver software de excelência!

Já tiveste algum problema com o onboarding de novos membros na equipa? Conta-nos mais sobre o assunto para que possamos entrar em contacto e partilhar algumas dicas úteis.

Sobre o Autor

Ricardo Santos, .NET Senior Consultant

Adoro programar e criar software de excelência, aprender coisas novas e partilhar conhecimento.

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O trabalho remoto como solução para a continuidade das operações

Escrito por:

José Seguro

Os últimos meses têm sido diferentes para todos, pelas mais diversas razões. Temos passado por um período que teve tanto de estranho como de inesperado. Ninguém conseguiria prever uma situação destas, até porque felizmente nunca tivemos que passar por nada semelhante ao longo das nossas vidas. Por outro lado, foram muitas as alterações que esta pandemia trouxe aos nossos hábitos, pelo desconhecimento generalizado do que era um acontecimento como este e, sobretudo, pela incerteza que paira.

Um pouco por todo o mundo e, em particular em Portugal, o plano de desconfinamento está já numa fase avançada e a nossa vida vai lentamente aproximando-se daquilo que conhecíamos, voltando algumas das rotinas pessoais e profissionais.

Passados estes meses (e outros que virão eventualmente), é, de facto, uma normalidade que não deixa de se estranhar, mas que se começa a entranhar.

O tão badalado “novo normal” terá certamente mais de novo do que de normal. É inevitável que comparemos o nosso dia-a-dia na fase pós-pandemia com o que acontecia no passado, tamanha é a mudança.
Como em qualquer outro momento, há que retirar as respectivas ilações, aproveitando desde já os muitos ensinamentos que esta época menos boa nos trouxe. Só isto tem permitido e continuará a permitir à Growin e às outras organizações ter uma operação alinhada com as motivações dos colaboradores e com as necessidades dos nossos clientes.

O trabalho remoto como a solução

As circunstâncias em que estamos inseridos fizeram-nos repensar a forma de (vi)ver a vida a todos os níveis. Se na esfera pessoal, a liberdade perdida ou condicionada fez-nos dar mais valor a coisas tidas como banais até então, a nível profissional, destaco a nova vida das organizações, fruto da flexibilidade e agilidade que lhes foi exigida nesta época para garantir a continuidade das operações. Este é o início de uma grande transformação.
A implementação do trabalho remoto, não sendo uma prática que apenas surge neste momento, é algo novo para a muitas empresas e seus colaboradores. Embora já fosse evidente que as empresas estavam a começar a adotar o trabalho remoto de forma gradual, isto veio acelerar e massificar esta adoção e acabou por dar o empurrão que tardava em surgir de uma forma geral. No meio de tudo o que aconteceu ao longo desta jornada, vamos aproveitar este ponto positivo para que faça a diferença já no curto-médio prazo.

O primeiro passo está dado. Sem esta pandemia seriam necessários muitos anos para se atingir o conseguido em poucos dias. Como em tantos outros casos, a necessidade aguçou o engenho.
O trabalho remoto, e tudo o que envolve, continuará todavia a ser um desafio para as organizações. Os primeiros entraves estão ultrapassados e estavam relacionados com a resistência à mudança, típica de todo o ser humano, e também a necessidade da presença física das equipas como garantia do trabalho desenvolvido.

No que à Growin diz respeito, a experiência tem sido francamente positiva, tendo por base o feedback dos nossos clientes e os resultados alcançados pelas equipas.

Melhorias e equilíbrio na procura do modelo ideal

Esta transição foi muito célere, fazendo com que se passasse de um extremo ao outro, no que diz respeito ao trabalho remoto. Apesar de ser um passo soberbo, devemos questioná-lo e identificar quais os pontos passíveis de serem melhorados.

Não podemos nem devemos esquecer a nossa anterior forma de trabalhar, retirando o que de bom havia no nosso passado bem recente. Assim como no passado a presença física de uma pessoa não era a garantia de delivery com qualidade e dentro do planeamento, também o trabalho remoto não significa mais do que a mera ausência física. Na minha opinião, não há cenários ideais. Acredito, acima de tudo, que o equilíbrio é a solução, de acordo com cada organização, estrutura, equipa e inclusivamente cada pessoa de forma individual.
O sucesso de um projeto é garantido pelas pessoas que o compõem, nomeadamente através do seu compromisso e motivação no desempenho das suas funções. É aqui que a presença física pode também ter um papel importante, ajudando a criar e manter relações mais fortes entre os diversos elementos. Isto pode ser determinante para garantir o engagement dos envolvidos no sucesso do que é entregue. Esta parte social do quotidiano profissional faz também ela parte de nós, seja por uma questão cultural ou porque, na verdade, somos humanos e por isso vivemos de relações que podem ser potenciadas se não forem exclusivamente remotas.

A Growin fez uma transição muito célere, graças ao trabalho de casa feito anteriormente, tendo a sua operação totalmente remota em muito pouco tempo. Para isto, contribuiu também a nossa experiência dos últimos anos na constituição de equipas remotas de desenvolvimento para o mercado internacional. Estamos muito felizes pelo que alcançámos, mas continuamos ainda em processo de adaptação e melhoria contínua.

Nesta fase, estamos já a ajudar alguns dos nossos clientes a planear o regresso aos escritórios (quando aplicável), enquanto outros continuam integralmente de forma remota.

Estamos a trabalhar para que as relações com os nossos clientes sejam tão ou mais frutíferas para todas as partes, tendo sempre como base a transparência e o bom senso.

Contem connosco para vos ajudar também neste momento.

Sobre o Autor

José Seguro, Partner & Executive Director

Considero-me um apaixonado pelo que faço. Desafio-me diariamente para melhorar a experiência dos diversos stakeholders com quem interajo, nomeadamente colaboradores e clientes.
A minha carreira tem estado focada maioritariamente em Gestão, não obstante ter iniciado o meu percurso como consultor técnico.

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A Nova Era Profissional

Escrito por:

Gonçalo Caeiro

Por esta altura, já todos tomámos consciência de um novo contexto estrutural que será um novo normal. Gostava de partilhar a forma como vejo o futuro que se avizinha do ponto de vista profissional e também de sociedade. Será sempre perigoso afirmar que se tem certezas sobre o futuro, mas mesmo assim arriscarei fazer umas quantas previsões. Este artigo ficou mais longo do que gostaria, mas foi-me impossível reduzi-lo, pois teria de correr o risco de ficar inconsistente.

Se em dezembro alguém dissesse que gostaria de fazer uma experiência e confinar em casa cerca de 4,5 mil milhões de pessoas durante 3 meses para fazer uma experiência climática, económica ou sociológica certamente seria apelidado de louco. Ou, na melhor das hipóteses, teria como resultado um guião de um filme de ficção científica.

Mas foi precisamente o que aconteceu. Para percebermos o que o futuro nos reserva importa perceber o que aconteceu. Sem essa perceção qualquer previsão será enviezada por crenças, gostos ou contextos parciais que tenderão a sucumbir perante a força inexorável de uma sociedade global.

E o que aprendemos em 3 meses foi de tal forma impactante em todas as áreas que o seu impacto transvasa cada uma dessas áreas. Será importante como tal percorrermos cada uma delas. Depois poderemos tentar adivinhar o futuro.

O que aprendemos

A Covid-19 é Cega

O novo Coronavírus propaga-se independentemente da região, nacionalidade, raça, religião, cor política, género ou clube de futebol. É justo nesse sentido. É certo que existem grupos com mais risco. É certo que regiões, populações ou países com mais poder económico e de infraestrutura conseguem mitigar melhor os impactos. Mas pela primeira vez o potencial impacto, inclusivamente nas classes sociais mais elevadas, foi generalizado. Não interessa se é presidente de um grupo económico, rei ou celebridade. Pode apanhar e pode morrer. A simples percepção de que somos iguais e que podemos sofrer exatamente da mesma forma será transformacional. Não durará para sempre, mas esta pandemia ficará para sempre nas nossas memórias. Chegará aos nossos netos.

Heróis

Houvesse dúvidas se há Heróis e esta pandemia eliminou essa dúvida. Na linha da frente estão os profissionais de Saúde. Incansáveis e com total abgenação! Imediatamente a seguir todos os profissionais da logística, segurança ou infra-estruturas essenciais. Os primeiros a garantir a nossa saúde imediata, os segundos a nossa sobrevivência.

Merecem descanso, a nossa total gratidão e recompensa. Tê-la-ão?

A Vida Acima de Tudo

Os países que mais cedo priorizaram a vida em detrimento da economia portaram-se melhor. A arrogância de políticos que poderiam ser mais espertos do que o vírus teve efeitos trágicos em países como Itália, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos, Brasil ou Suécia.

Países como a Nova Zelândia, Alemanha, Finlândia, Dinamarca, Taiwan, Noruega, Eslováquia, Grécia ou Bolívia portaram-se francamente melhor. Em comum têm o facto de serem liderados por mulheres. Fazendo a percentagem dos países com Primeiros Ministros (as) homens vs. mulheres, os países liderados por mulheres comportaram-se muito melhor.

Compreendendo que a economia sempre se recuperou mas que a vida não se ressuscita, cedo entraram em confinamento. O ditado português “importante é ter saúde” nunca foi tão verdade. Por cá, ficámos a meio caminho. Estamos no meio da fotografia, mas pior do que os países liderados por mulheres.

O Homem Impacta o Clima

Imediatamente após o confinamento na China, ficou claro que os gráficos da poluição mostravam reduções drásticas na poluição atmosférica e emissões de CO2. Na Índia, pela primeira vez em décadas, cidades apresentaram sinais de poluição abaixo dos limites máximos aceitáveis. Em Portugal, em Lisboa e no Porto, o céu apresentou-se mais limpo e azul. Mas também do ponto de vista sonoro: as reduções drásticas fizeram-se notar nos pássaros que apareceram livremente, ou nas baleias que passaram a circular pelas antigas rotas.
Mas os níveis de CO2 continuam a subir. Estão já acima de 416 ppm. Neste nível corresponde já ao nível de CO2 que há décadas se podia encontrar dentro de uma habitação. Há apenas uns séculos estávamos baixo dos 250 ppm.

Dependência do Mundo da China

Ficámos a saber que estamos (estávamos) totalmente dependentes da China. A Europa e os Estados Unidos há muito que desistiriam da sua capacidade industrial. Mas tornou-se evidente os riscos geopolíticos de não conseguir produzir ventiladores e máscaras. Mas o que dizer de sistemas de telecomunicações, chips, painéis solares ou um bilião de produtos que todos os dias usamos?

Dependência da China do Mundo

Mas mais recentemente a China também descobriu que com o planeta em recessão as suas fábricas recentemente reabriram apenas para descobrir o próximo email de cancelamento de encomendas. Não só porque o mundo está em recessão, mas porque o mundo quer depender menos da China.

O Mito do Remoto Caiu

O mito do remoto caiu. E quando falo do remoto, não tem a haver apenas com o trabalho remoto. Estou a referir-me ao remoto. Estamos a falar do Trabalho Remoto, da Escola em e-Learning, das Compras Online, da TeleMedicina.

Este será talvez um dos mais impactantes e duradouros efeitos na nossa sociedade. Demasiados macro e micro lobbies foram destruídos. Mostrou-se que uma sociedade pode aumentar drasticamente o nível de produção em sistema remoto e que a resistência apenas vem de um conjunto de grupos a tentar manter o status quo ou dos gestores que gostam de fazer microgestão.

A Velhinha Pirâmide de Maslow mantém-se

A preocupação residiu na Distribuição Alimentar, Energia e Saúde. Deixámos para trás o Turismo, Restaurantes e Espetáculos. Até a família, no nível dois e três da Pirâmide foram relegadas em detrimento do primeiro e segundo níveis.

A Tecnologia resolve

A tecnologia sempre resolveu, desde a primeira ferramenta em pedra. Desde os sistemas logísticos da Amazon, aos supercomputadores a procurar a vacina para o novo Coronavírus, até videocalls em Zoom. Nunca nos adaptámos tão rapidamente e tão bem a um evento que pela primeira vez foi absolutamente global e síncrono no globo.

E vai continuar a resolver, cada vez mais rápido.

A Europa teve de ser uma Europa

Após décadas de existência de duas Europas, a Norte e a Sul, a Rica e Pobre, desta vez (e ia quase não sendo) há uma Europa. A mutualização da dívida (mas sendo proibido referir o termo “mutualização” no Norte) será uma realidade.

Mas não é apenas a questão da mutualização da dívida. É toda uma questão que vai muito para além e que terá impacto na indústria, serviços, segurança e infraestruturas.

O que vem a seguir

As mudanças que virão a seguir serão uma mixórdia de temáticas. Todas juntas e todas interrelacionadas. Por estarmos todos interligados e estarmos todos relacionados. Irei concretizar agora mais a visão que nos causa impacto imediato, em Portugal e na Europa, do ponto de vista da Joyn.

Recuperação Económica será Lenta e Assimétrica

Começo por este ponto. Há boas e más notícias.

As más primeiro.

Acredito que a economia ainda irá piorar. Tivemos balões de oxigénio que irão acabar. Uma segunda fase de problemas para as empresas irá acontecer dentro de 3 meses a nível global, quando percebermos que o Turismo não será o mesmo, que os Espetáculos não voltarão a ser o que eram, que as Famílias estão a gastar menos com medo da incerteza futura. Não haverá mais transferências de jogadores de futebol a 500 milhões.

E será também assimétrica. O Turismo continuará a sofrer. As Companhias Aéreas, Rent-a-Car, Fabricantes de Automóveis e Aviões.

O imobiliário sofrerá um impacto avassalador. Na minha opinião já existia uma bolha, mas agora simplesmente a liquidez (volume de transações) irá cair a pique. Quem comprou apenas para especulação vai ter um problema. E com eles os Bancos que financiavam a bolha.

Agora as boas.

Tudo o que se relaciona com Tecnologia vai registar um aumento. A Tecnologia não apanha Covid-19 (apanha outros vírus, mas não os biológicos). Sistemas de Transformação Digital, Comunicações, Robotização, Inteligência Artificial, Machine Learning, Desmaterialização, Energia, Farmacêuticas ou Telemedicina irão sofrer um aumento significativo. Não só porque a nova estrutura de trabalho, sociedade e logística assim o exigirá mas porque permitirão reduzir custos operacionais.

Migração Acelerada para Neutralidade Carbónica

A migração para a neutralidade carbónica tem de ser vista num contexto geopolítico e de longo prazo.

Vai permitir maior independência energética da Rússia, Noruega, Iraque, Cazaquistão e Arábia Saudita. A migração para o solar vai conseguir relançar a economia e desbloquear novas oportunidades na indústria automóvel e de mobilidade. Irão aparecer microcarros, elemento tão menosprezado pelos millennials mas onde já se nota uma reversão desta tendência de zero propriedade.

A par da sustentabilidade, uma pressão maior no código da construção civil, obrigando a edifícios mais inteligentes e interligados.

Trabalho Remoto será Norma

O mito da microgestão, necessidade de estar fisicamente no local, inevitibilidade de comutação diária casa-trabalho ou impossibilidade de coordenação de equipas à distância. Tudo isso caiu por terra.

A nova normalidade será híbrida. As empresas reduzirão espaços para reduzir os custos com rendas. Mas não reduzirão totalmente. A inovação faz-se através da partilha.

Se no curto prazo é possível, mesmo para nós, trabalhar 100% em remoto, é na interação humana que a inovação se desenvolve.

Teremos, pois, um misto entre trabalho remoto e presença física. E a gestão tenderá a ser fortemente flexível. Vai haver uma aceleração deste mix o que vai acelerar a divergência entre empresas flexíveis e as inflexíveis. As últimas tenderão a desaparecer tal como a crise de 2007-2011 fez desaparecer grande parte das empresas antiquadas.

Maior Industrialização, Maior Protecionismo

A Europa irá forçar a uma maior industrialização interna de forma a ser mais autónoma em relação à China mas também aos EUA. Haverá um discurso duplo e atuação dupla; por um lado a defender um comércio global, por outro lado com a preocupação de garantir autosuficiência e produção local e independente.

Os impactos no imobiliário, restauração e lazer serão mais duradouros do que se poderá pensar. Os investimentos em unidades hoteleiras demoram anos a ser recuperados. Em alturas de incerteza, haverá alocações de capital em indústrias mais “certas”.

Prevejo ainda com a situação próxima de seca na Europa que toda uma indústria de Água que apareça.

O grupo Joyn e o Futuro

Comecemos pelo imediato. Criámos as condições para que possamos voltar em segurança. No entanto, cada empresa, unidade e equipa decidirão o que é melhor e desejável. Em vários casos essa opção está no próprio colaborador: se prefere trabalhar de casa ou ir ao escritório.

Estamos agora a trabalhar para nos posicionarmos para o futuro. Os problemas inerentes em geografias de elevado custo, como sejam os EUA e Norte da Europa – com cerca de 60 milhões de desempregados agregados e empresas procurando reduzir custos -, podem oferecer boas oportunidades para entrarmos no mercado através de equipas remotas da Growin e da Theros, e de produtos da DocDigitizer, Infosistema e Uniksystem.

Iremos continuar o trabalho que iniciámos há 3 anos e que nos permitiu trabalhar remotamente de forma transparente. A delegação e responsabilização por resultados, desmaterialização de processos e documentação, digitalização de assinaturas – tudo isso contribui para uma operação tranquila. Temos ainda trabalho para fazer em e-learning e formação de competências, sistemas de partilha e controlo de gestão.

O grupo Joyn e as suas empresas estão no máximo da sua solidez financeira e operacional. Estamos convenientemente financiados e aprovisionados, permitindo encarar o futuro essencialmente como uma oportunidade. Isto será fulcral ao orientarmos as nossas energias para continuarmos a criar um mundo potenciado por tecnologia, e a criar real impacto de bem-estar, social e económico.

No entretanto, mantenhamos o foco e continuemos a manter-nos seguros.

Sobre o Autor

Gonçalo Caeiro, Co-founder & COO

Acredito em tornar o mundo mais simples através da inovação, tecnologia e colaboração. As minhas especialidades são Gestão a nível Executivo, com foco em Estratégia, Parcerias, Marketing e Finanças.

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O que a COVID-19 nos ensinou sobre o negócio

Escrito por:

Daniel Quaresma Costa, Parceiro & Director Executivo

Ao escrever este artigo, a pandemia global de COVID-19 (causada pelo novo coronavírus), espalha-se por cerca de 180 países, contando já com mais de 6 milhões de pessoas infetadas.
Embora sejam vastas as repercussões do vírus, vamos focar-nos nas que mudaram drasticamente a forma como as empresas fazem negócio e que se traduzem nas seguintes questões:

  • Como é que continuamos a entregar os nossos serviços e a construir uma relação de confiança com os nossos clientes?
  • Quais são as plataformas de comunicação mais simples que nos podem ajudar a manter o contacto?
  • Como é que podemos manter a cultura da empresa viva e partilhá-la com os nossos colaboradores e clientes?

Numa resposta simples, esta situação inesperada veio ensinar-nos a organizarmos as nossas prioridades, sendo flexíveis na forma como fazemos o nosso trabalho e mantendo ativa a operação da empresa, independentemente de onde estejamos.

No caso da Growin, as linhas orientadoras para o nosso Plano de Contingência (relativo à propagação da COVID-19) foram definidas no dia 12 de março. Dois dias úteis depois, todas as nossas equipas estavam a trabalhar a partir de casa, sem qualquer tipo de restrições. Para a concretização de um cenário como este, é necessário reunir três condições:

  1. Digitalizar todos os processos relacionados com o negócio
  2. Manter as equipas focadas no alcance metódico de resultados
  3. Manter viva a cultura da empresa

1. Digitalizar todos os processos relacionados com o negócio

Em casa de ferreiro, espeto de pau.

Este ditado popular pode ser aplicado a todas as indústrias, e a nossa não é exceção. Podemos oferecer aos nossos clientes serviços de transformação digital e enumerar todas as vantagens da mesma. No entanto, devemos abordar este tópico dentro das nossas organizações e otimizar os nossos processos internos para que estes sejam mais objetivos, eficientes e rentáveis.

Na Growin, todos os serviços que oferecemos estão preparados para serem totalmente digitais.

As nossas equipas de Recursos Humanos e de back-office conseguem implementar soluções administrativas, de recrutamento e de gestão com o suporte de ferramentas digitais.

A nossa equipa de Marketing apoia-se numa série de ferramentas para implementar estratégias de inbound e outbound, bem como para comunicar internamente com outros colaboradores. Estas ferramentas são todas digitais (desde o CRM, a plataformas de marketing de automação, sistemas de gestão de conteúdo, etc.) e o acesso às mesmas pode ser feito por outras equipas da empresa.

As nossas equipas comerciais e de gestão de talento podem dedicar-se aos nossos clientes ou potenciais clientes através de diferentes canais digitais para organizarem reuniões, fazerem pontos de situação com as nossas equipas, e trocar informações de forma segura.

Até futuros Growinners podem estar ligados com a nossa equipa de Recrutamento (através de diferentes canais digitais) ao candidatarem-se para uma oferta de emprego através do nosso Applicant Tracking System (ATS). A partir daí, todos têm acesso aos vários estados do processo de recrutamento do candidato e podem, com sucesso, contratar uma nova pessoa para se juntar à nossa equipa. Este apoio é essencial para os processos de onboarding e relacionados com a gestão de talento, que são totalmente digitais e acessíveis a partir de qualquer lugar.

Escusado será dizer que os contratos e documentação formal podem ser assinados digitalmente por todos os intervenientes do nosso ciclo de vendas em poucos segundos.

2. Manter as equipas focadas no alcance metódico de resultados

Segundo a Teoria dos Sistemas, todas as partes de um sistema devem partilhar feedback para assegurar que o resultado final é melhor do que os resultados independentes das partes individuais.

Cada um de nós deve implementar uma rotina para se manter focado, consistente e metódico enquanto trabalha. Tal como na maioria dos nossos projetos técnicos, é essencial haver uma reunião diária rápida de equipa e planear tarefas diárias, dar feedback sobre novas conquistas e ultrapassar obstáculos.

É importante partilhar conselhos sobre como todos podem ser mais eficientes. Alguns de nós preferem ser orientados consoante as tarefas que têm para fazer, independentemente da sua importância. Outros preferem priorizar as tarefas numa ordem específica de resolução, e outros preferem dedicar períodos de tempo de trabalho para diferentes tópicos.

Existem várias soluções disponíveis para implementar estas táticas:

  • Listas de tarefas e ferramentas de gestão de tarefas
  • Software de monitorização para implementar técnicas de gestão de tempo, tais como: a Técnica Pomodoro, o Princípio de Pareto ou os 4 D’s da Gestão de Tempo
  • Plataformas de Colaboração e Comunicação como a Microsoft Teams/Office ou a Google Cloud Platform.

Uma base de conhecimento comum é também crucial para o sucesso de partilha de ideias, outputs e resultados dentro de uma operação. Faz parte da responsabilidade de cada empresa facilitar e encorajar esse tipo de partilha de conhecimento entre os colaboradores.

3. Manter viva a cultura da empresa

Tal como dizemos na Growin: “We Develop People Who Develop Technology”. Isto significa que somos apaixonados por proporcionar a todos os nossos colaboradores oportunidades de partilha de conhecimento e de crescimento profissional. Isto vai ao encontro do que Matt Mullenweg, um especialista na gestão de equipas remotas e na distribuição de trabalho, estava a debater com Reid Hoffman lnum dos episódios do seu podcast. Matt disse: “estás sempre a aprender”. Neste caso, por ventura, acrescentaria que devemos “estar sempre a aprender e a partilhá-lo com os outros”.
É vital fomentar uma cultura de aprendizagem, como parte da evolução, para aumentar o valor acrescido ao nosso trabalho que, consequentemente, vai ter um impacto na satisfação e confiança dos nossos clientes. Iniciativas como as nossas sessões de partilha de conhecimento (as GrowinX talks), artigos técnicos e de opinião para o nosso blog corporativo, newsletters internas, e coffee breaks informais com as equipas são apenas algumas das várias maneiras para nos mantermos ligados.

Se continuarmos com estas interações ativas, asseguramos que estamos a manter-nos fiéis à cultura e missão da Growin. Isso também nos permite partilhá-lo com o mundo exterior e convidar outros a juntarem-se a nós e fazerem parte da equipa.

Estes são tempos críticos, mas desafiantes. Alguns especialistas internacionais recomendam a prática de “distanciamento físico” ao invés do “distanciamento social”. Na minha opinião, eles têm razão. Existe uma grande diferença entre os dois se quisermos manter as nossas ligações com os nossos colegas, clientes, amigos e família.

Mantenham-se seguros. Mantenham-se (inter)ligados.

Sobre o Autor

Daniel Quaresma Costa, Partner & Executive Director

With over 10 years of experience in IT consultancy, Daniel Quaresma Costa oversees International Business and helps build reliable, dedicated technical teams at Growin.

Daniel’s mission is to create value for his clients, work colleagues, and people who rely on him to achieve their goals.

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Como tornar a procura de emprego mais eficaz

Escrito por:

Joana Ochôa

Com a rápida propagação do novo coronavírus, muitos negócios tiveram que se ajustar à nova realidade, e ultrapassar os desafios associados ao trabalho remoto. Além disso, o encerramento de vários serviços nas cidades trouxe algumas dificuldades para aqueles que estão à procura de um novo trabalho.

Segundo este relatório de mercado do Glassdoor de março de 2020, muitas empresas estão a suspender ou a abrandar a procura de candidatos.

Source: Glassdoor

No entanto, há também um número crescente de vagas de emprego na indústria tecnológica (aumento de 0,5%). Isto significa que, se estiveres à procura de um trabalho em tecnologia, este é o momento certo para continuares a tua pesquisa.

Inúmeras empresas de TI, como a Growin, continuam a contratar. A realidade é que a Growin não só tem a sua equipa ainda a trabalhar de forma 100% remota, como também está ativamente à procura de novos talentos para se juntarem à equipa. Os nossos IT Recruiters apenas substituíram as entrevistas presenciais por entrevistas via Skype/Zoom/Hangouts.

Neste artigo, vamos partilhar dicas para que possas colocar em prática e conseguir a nova oportunidade que procuras e ambicionas, mesmo numa época de incerteza.

1. Atualiza o teu CV

A primeira coisa que precisas de fazer é atualizar o teu currículo. Afinal de contas, este é o teu bilhete de entrada para conseguires uma entrevista. Confirma se a informação que incluiste está correta e é relevante para a oferta a que estás a candidatar-te e apresenta-a de forma apelativa. Se as tuas skills de design forem limitadas, podes recorrer a inúmeras ferramentas/plataformas que te podem ajudar a criar um CV atrativo e bem estruturado (como o: Canva).

Garante que tens toda a tua experiência profissional importante (não é preciso mencionar aquele trabalho do verão de 2017 no café do bairro). Inclui referências à tua formação académica e outros cursos/workshops complementares, assim como as tuas capacidades técnicas e pessoais. Prepara também uma carta motivacional ou um email de candidatura específicos para cada oferta de emprego a que te candidates.

Outra dica importante: continua a trabalhar no teu CV. Isto significa que deves continuar a investir na tua formação e valorização profissional. Há vários recursos disponíveis (workshops, webinares, etc.) e até aulas online a que podes assistir. Faz alguma pesquisa e escolhe aqueles que se adequam mais aos teus interesses e perspetivas de carreira.

2. Investiga quem está a contratar e para quê

Em segundo lugar, deves pesquisar quem está a contratar, para que posições, e se a oferta vai ao encontro dos teus interesses e/ou necessidades. Escolhe a que empresas te queres candidatar, e não invistas o tempo a enviar o teu CV para vagas de emprego que não são realmente o que procuras. Aplica o teu esforço naquelas que realmente queres conquistar. E, se quiseres monitorizar todos as tuas candidaturas, podes sempre criar um documento de Excel e registar todas as interações e iniciativas tomadas. Desta forma, conseguirás saber que empresas já contactaste, quando, a oferta a que te candidataste, com que versão do teu currículo, e qual é o estado do processo de recrutamento.

Para te ajudar a compreender melhor que empresas são as mais indicadas para ti, vai ao website e visita as redes sociais em que estão presentes, especialmente noy LinkedIn. É aqui que vais encontrar informação valiosa sobre as suas iniciativas internas e sobre as ofertas de emprego que têm disponíveis. Não tenhas receio de interagir com a equipa interna! Pode ser útil para te destacares de outros candidatos. Podes ainda verificar as tuas ligações no LinkedIn e ver se tens ligações em comum que trabalhem na empresa a que te vais candidatar. Desta maneira podes pedir-lhes referências, conselhos e até partilhar algumas ideias.

Além disso, esta é uma boa maneira para ficares a saber mais sobre como é trabalhar na empresa – e se será um bom match para ti. Podes ainda ler algumas reviews de colaboradores, em plataformas como o Glassdoor. Aqui, podes ter acesso a testemunhos de outros candidatos e até ex-colaboradores sobre como a empresa funciona (pontos fortes, pontos fracos, entrevistas, etc.). É importante recolheres o máximo de informação possível, mas lembra-te de recorrer a várias fontes e ser crítico na análise. Toda esta informação apoiará a tua tomada de decisão (e pode inclusivamente dar-te pistas de perguntas para a entrevista).

Encontra aqui as 5 principais dicas para seres um expert em entrevistas online.

3. Sê um membro ativo nas tuas redes sociais

Se não costumas interagir muito nas tuas redes sociais, esta é uma excelente oportunidade para investires mais tempo e energia nessa área. Ter uma presença forte no LinkedIn, por exemplo, pode ajudar-te a conhecer a pessoa certa para te ajudar a crescer pessoal e profissionalmente.

Partilha as tuas conquistas (ex: certificado do curso que acabaste recentemente), os teus pensamentos, ou até artigos/notícias que tenhas achado interessantes. Podes interagir através de likes, comentários, e até enviar mensagens às pessoas com quem estás conectado. Apesar de ser desaconselhado estarmos fisicamente presentes em eventos, isso não significa que não possamos interagir uns com os outros. Procura em comunidades e/ou eventos online onde possas fazer networking ou simplesmente partilhar ideias.

Não te esqueças que tens uma marca pessoal e investir nela pode trazer-te inúmeras oportunidades, dependendo dos objetivos que estabeleceres. Mesmo que estejas em casa, isso não significa que a conquista do teu emprego de sonho não é possível. Afinal de contas, esta é uma outra forma de mostrares à tua rede de contactos (família, amigos, ex-colegas, etc.) quem realmente és. Aproveita esta altura para reforçar a tua imagem profissional nos meios digitais.

Por último, mas não menos importante…

Lembra-te que, durante todo este processo de procura de emprego, estás a definir quem és enquanto profissional, por isso sê fiel a ti mesmo(a). As empresas valorizam a transparência e a honestidade nos candidatos. Afinal, vão escolher-te pelo que és, e pela forma como te enquadras na cultura da empresa.

Prepara-te, sê flexível, investe tempo, e confia em ti e nas tuas capacidades. Estás agora mais bem preparado(a) para procurar novas oportunidades e crescer profissionalmente.

Se estás à procura de um novo desafio tecnológico, podes sempre verificar as nossas ofertas de emprego aqui. Estamos sempre à procura de pessoas talentosas para se juntarem à nossa equipa.

Sobre o Autor

Joana Ochôa, Content Coordinator

Sou uma jovem trabalhadora e incapaz de estar quieta, que adora pandas e que não resiste a um pedaço de chocolate. Os meus maiores sonhos são: ser mãe (um dia), percorrer o mundo, escrever e publicar livros e deixar a minha marca no mundo.

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